domingo, 27 de maio de 2018

Fósseis em Almada

Num passeio da LPN, o Carlos Marques da Silva mostrou a variabilidade e quantidade de fósseis que exibem as fachadas dos edifícios de Almada.

No dia 27 de Maio de 2018, decorreu o passeio "Fósseis ao virar da esquina", organizado pela LPN - Liga para a Protecção da Natureza, no qual o professor de paleontologia da FCUL, Carlos Marques da Silva, nos fez a visita guiada para reconhecimento de fósseis em Almada.

Que diria que circulando 3 horas pela Rua Capitão Leitão, podia ser observada tanta diversidade de fósseis (tanto somatofósseis - os próprios organismos, como icnofósseis - os vestígios deixados pelos organismos). Mas espanta principalmente a quantidade de fósseis que algumas das fachadas de edifícios apresentam.


 Ostras fossilizadas em calcário











Espícula de ouriço-do-mar, indicando que estamos presentes um ambiente marinho

 Lioz, calcário com Rudistas, uns bivalves velhotes
 Nautilus, um cefalópode tal como os polvos

Galerias feitas por caranguejos (icnofósseis) - presentes na pedra do chão de entrada de um prédio 

O principal problema referido é o facto de estas fachadas estarem muitas vezes grafitadas, o que acaba por afectar tanto a visibilidade dos fósseis (que ficam tapados com tinta), como a sua própria presença (pois acabam por ser degradados pelas substâncias químicas das tintas). Para retirar os grafitis, também estes produtos causam alguma erosão na pedra, logo também vão contribuindo para o desaparecimento dos fósseis.














Para preservar, é preciso conhecer. Aplica-se à biologia, mas também à geologia! Daí a importância de divulgar o conhecimento pela comunidade, e não o deixar apenas dentro das faculdades.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Arranjar a roupa é a melhor solução

Pensas que a tua vida está num bom rumo, comes melhor do que antigamente, tens uma vida mais activa, até que começa a haver sinais de desequilíbrios...
1º sinal: as tuas calças de ganga rasgam-se no rabo!

O que fazer???

opção a) Correr ao shopping comprar umas calças novas e mandar as outras para o lixo. Talvez colocar as antigas num contentor de roupa velha...

opção b) Arranjar a tua roupa: coser o buraco das calças e continuar a usá-las. Afinal de contas, há quem pague por calças já esburacadas (diz que é moda). Qual é o problema, mesmo?

Material necessário para arranjares a tua roupa:
- 1 agulha fina
- 1 rolo de linha de algodão (de preferência da cor da roupa rota)
- 1 tesoura para cortar a linha (alternativa: usar os dentes, mas depois é mais difícil colocar a linha na agulha)

Boa sorte!


Identificar o buraco
 Cortar as linhas soltas 
 Coser com agulha e linha...
 ..até ao final do buraco.
Voilá!

opção c) Vai a uma costureira, é mais seguro.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Mariscar SEM Lixo

A Campanha Mariscar SEM Lixo, é promovida pela Ocean Alive e um dos seus objectivos é sensibilizar os mariscadores para não deixarem as embalagens de plástico de sal no mar. Para que tenha sucesso, existem pessoas da comunidade - as Guardiãs do Mar - que têm essa preocupação ambiental.

Desde 2016, a cooperativa Ocean Alive desenvolve a Campanha Mariscar SEM Lixo, e na qual decorrem várias acções durante o ano. A campanha foca-se no Estuário do Sado, e na protecção das suas pradarias marinhas, no entanto terá sido o bem-estar dos golfinhos a grande motivação para a criação deste projecto. O problema encontrado? Demasiado lixo que se encontra no estuário, nomeadamente embalagens de sal refinado - as que são utilizadas pelos mariscadores na captura de lingueirão. Este plástico acaba por se degradar, os peixes alimentam-se do plástico, os golfinhos irão também ingerir esse plástico quando se alimentam dos peixes.

A forma de actuação da Ocean Alive é realizar acções de sensibilização aos mariscadores para não deixarem as embalagens de sal na maré, assim como acções de recolha do lixo que é encontrado no estuário, separado por categorias para serem devidamente encaminhados e, se possível, reciclados. Será que basta fazer acções de sensibilização e recolha?



Voluntários da acção de sensibilização aos mariscadores no
estuário do Sado, Grupo da Ilha do Cavalo 14-04-2017.



Ação de sensibilização e limpeza,
Grupo da Caldeira de Tróia, 07-10-2017.

Todos os voluntários são precisos para estas campanhas! Desde miúdos a graúdos, para que também estes sejam disseminadores da palavra e dos comportamentos mais amigos do ambiente. Mas para além de todo o trabalho de voluntariado feito por pessoas que já de si têm preocupações ambientais, estas acções pressupõem que alguns dos membros da população-alvo, ou seja, da própria comunidade que se pretende que tenha mudança de comportamentos, tenham também essas preocupações ambientais. Neste caso, são os mariscadores. Têm de ser as próprias pessoas que vão mariscar, a sensibilizar as pessoas à sua volta. Pessoas da comunidade.

É, para mim, o interessante desta metodologia de trabalho, e também por isso a Ocean Alive se tratar de uma Cooperativa, é que têm Guardiãs do Mar,  que são mulheres mariscadoras, sensibilizadas e motivadas para serem elas próprias a dar o exemplo e serem as responsáveis por passar a palavra a outros mariscadores, seus colegas.
Guardiã do Mar a mariscar. Acção de sensibilização aos
mariscadores, Baixios da Carraca, 30-03-2018.

Já participei em 3 acções desta Campanha e recomendo vivamente à participação. O ponto de encontro é em Setúbal, logo pela manhã. Bom para não ficar no sofá o fim-de-semana inteiro! Mais informação aqui: 

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Plantabosques 2018

Mais de 1000 árvores plantadas este fim-de-semana por um grupo de voluntários, na iniciativa Plantabosques, da associação espanhola Adenex, à qual se juntou a associação portuguesa Aspea.

Entre Castelo de Vide e Valência de Alcantara, a área plantada tem sido nos últimos anos alvo destas iniciativas de recuperação, devido ao grande incêndio de 2003 na Serra de S. Mamede.
Carvalho-alvarinho, sobreiro, castanheiro e azinheira foram as espécies de árvores escolhidas, por serem autóctones e mais resistentes aos incêndios. Paralelamente foram eliminados pinheiros-bravo, atacados com a praga da lagarta-do-pinheiro.
Todos os anos estas associações se juntam para trazer voluntários ao local. O Plantabosques 2018 contou com a participação de cerca de 100 pessoas, entre portugueses e espanhóis, adultos e crianças. Plantar árvores é para todos!






Foi o 2º ano em que participei nesta iniciativa. A organização, para além de ter preparada a actividade de plantação, tem ainda várias actividades de convívio para os voluntários. Muito giro. Sabe mais em: