O que acontece quando se entra de férias e se deseja brincar
às quintas, aos agricultores e tratadores de animais?
Eu sei!
Para além de ter a praia em 2º plano? Algumas dores nas
pernas, bronze mais acentuado nos braços e pescoço, uns primórdios de calos nas
mãos, necessidade de escovar as unhas das mãos mais vezes... Mas nada disto
parece importante quando no fim da minha manhã na quinta dou uma folha da
couve-brócolo a uma cabra e ela mastiga fazendo aquele barulho que num humano
seria irritante “nhom-nhom-nhom”, ou quando no meio de várias tentativas de me
morder a mão na brincadeira, o cavalo me deixa encostar a cabeça a si. Já para
não falar que estou a acompanhar o crescimento de dois coelhinhos, que se
pareciam com ratos feios e agora já estão a ganhar pêlo. E o crescimento dos pintainhos.
E o desenvolvimento dos pepinos, que há um mês eram umas plântulas e agora já
dão fruto.
Estou a fazer voluntariado na Quinta Pedagógica dos Olivais
desde o início de Julho, para aproveitar de alguma forma boa as minhas férias
inacabáveis. Saio do meu ambiente natural, que é o citadino, e entro num
ambiente onde se ouvem os pássaros e cheira a esterco e há árvores. Para muitos,
fazer o que eu estou a fazer, que é arrancar ervas daninhas, folhas mortas das
couves, colher legumes, apanhar os cocós dos cães, limpar as casinhas dos
coelhos e dos pássaros, seria um desperdício de tempo (já para não falar que
não é remunerado monetariamente). Aos outros como a mim, a quem a quinta suscite
algum interesse, eu aconselho.
e às quartas-feiras? não se pode brincar???
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