quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Vamos brincar às quintas?


O que acontece quando se entra de férias e se deseja brincar às quintas, aos agricultores e tratadores de animais?

Eu sei!

Para além de ter a praia em 2º plano? Algumas dores nas pernas, bronze mais acentuado nos braços e pescoço, uns primórdios de calos nas mãos, necessidade de escovar as unhas das mãos mais vezes... Mas nada disto parece importante quando no fim da minha manhã na quinta dou uma folha da couve-brócolo a uma cabra e ela mastiga fazendo aquele barulho que num humano seria irritante “nhom-nhom-nhom”, ou quando no meio de várias tentativas de me morder a mão na brincadeira, o cavalo me deixa encostar a cabeça a si. Já para não falar que estou a acompanhar o crescimento de dois coelhinhos, que se pareciam com ratos feios e agora já estão a ganhar pêlo. E o crescimento dos pintainhos. E o desenvolvimento dos pepinos, que há um mês eram umas plântulas e agora já dão fruto.

Estou a fazer voluntariado na Quinta Pedagógica dos Olivais desde o início de Julho, para aproveitar de alguma forma boa as minhas férias inacabáveis. Saio do meu ambiente natural, que é o citadino, e entro num ambiente onde se ouvem os pássaros e cheira a esterco e há árvores. Para muitos, fazer o que eu estou a fazer, que é arrancar ervas daninhas, folhas mortas das couves, colher legumes, apanhar os cocós dos cães, limpar as casinhas dos coelhos e dos pássaros, seria um desperdício de tempo (já para não falar que não é remunerado monetariamente). Aos outros como a mim, a quem a quinta suscite algum interesse, eu aconselho.



http://quintapedagogica.cm-lisboa.pt/


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